Serra Gaúcha, o terroir dos espumantes
Há mais de um século que a Serra Gaúcha produz vinhos espumantes. A história, iniciada por imigrantes franceses e italianos, hoje é capítulo consolidado do vinho brasileiro e mundial, com qualidade reconhecida por grandes críticos como Jancis Robinson e Hugh Johnson.
Você sabe quais são os fatores que tornam a bebida elaborada neste lugar uma concorrente em pé de igualdade com alguns dos melhores vinhos espumantes do mundo? Antes de explicar, precisamos entender um pouco melhor o conceito de terroir.
Terroir: uma palavra de difícil tradução
“Não há uma precisa tradução para a a palavra francesa terroir”, colocam os já mencionados Jancis Robinson e Hugh Johnson em seu Atlas Mundial do Vinho. A maneira mais fácil de tentar explicá-la é por meio de analogias.
Considere sua casa, até mesmo seu apartamento. Um lado pega mais sol do que o outro. Um cômodo é mais frio, mais úmido, enquanto a cozinha pode ser mais quente e seca. O revestimento do piso não é igual. Tudo isso representaria, em uma região, as diferenças que as condições de cultivo têm entre países, regiões e até dentro de um mesmo vinhedo, o que vai originar uvas de diferente qualidade, impactando o vinho produzido.
Outra analogia válida é entender que não são apenas solo e clima a influenciar o terroir, mas também as práticas no vinhedo e na vinícola. Se uma região é mais quente ou fria, úmida ou seca, os vinhedos devem ter cuidados diferentes, antes, durante e depois das uvas amadurecerem. Na vinícola, os enólogos precisam também se atentar para conseguirem um vinho que, na taça, represente todo o potencial e as características de determinada região.
Serra Gaúcha, uma região de borbulhas
Com o conceito de terroir brevemente explicado, conseguimos compreender melhor o que faz da Serra Gaúcha uma região de borbulhas. Em um lugar úmido, com muita chuva, especialmente da metade para o final da colheita, e pouca drenagem do solo, nem todas as variedades se dão bem. Mas as precoces apresentam excelente desempenho.
É o caso da Chardonnay e da Pinot Noir. Ambas são uvas que se adaptam a estas condições, principalmente por florescerem e amadurecerem cedo, quando as chuvas ainda não chegaram. Além disso, as condições de clima da Serra Gaúcha fazem com que elas amadureçam por completo ao mesmo tempo em que mantém um grau de açúcar baixo, fatores fundamentais para a produção de excelentes vinhos espumantes.
Some-se a isso que são as duas variedades de uvas mais presentes na famosa região de Champagne, na França, e temos uma fórmula quase perfeita!
Muito trabalho nas adegas, muita qualidade na taça
A característica de muitas vinícolas, comandadas por famílias pequenas e de produção artesanal, também favorece a elaboração de espumantes, especialmente os de Método Tradicional, que demandam um trabalho árduo e quase sempre manual.
Os grandes empreendimentos, claro, também elaboram borbulhas de qualidade, tanto pelo Método Tradicional quanto pelo Charmat, que utiliza mais tecnologia e dá origem a espumantes mais frescos.
Os espumantes, portanto, têm a cara e a mão, ou seja, o terroir, da Serra Gaúcha dentro deles. São ótimos e perfeitos para celebrar a vida e todos os momentos em que uma boa taça resolve tudo!
Experimente os espumantes Casacorba Terroir Nature, elaborado pelo processo Charmat, e o Espumante Cândida 36 meses,pelo Método Tradicional. Ambos representam a alta qualidade obtida com processos diferentes, a partir de uvas cultivadas em nosso Terroir.
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A história contada em sentidos
Vinhos, espumantes, destilados, sucos e azeite de oliva Casacorba nascem de uvas, oliveiras e cana-de-açúcar cultivadas na propriedade de 60 hectares em Nova Roma do Sul, na Serra Gaúcha
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